terça-feira, 25 de junho de 2013

Eu li - O apanhador no campo de centeio

Tô ficando moderna, mas ainda
amo os livros de papel. Especialmente
o cheiro!
Nome original: The Catcher in he Rye

Sempre quis ler esse clássico, mesmo sabendo muito pouco sobre seu enredo. Sabia apenas que era uma história sobre um adolescente.
Li e nem sei muito o que pensar do livro. Acho que foi um pouco decepcionante, mas talvez por ter lido em uma época errada. De repente, se tivesse lido na minha adolescência teria gostado mais.
Eu não desgostei do livro, mas também não gosteeeeei. Ele não me conquistou, mas também não quis largar antes do fim.
Quanto ao enredo: o livro conta um fim semana na vida de Holden Caulfield, um adolescente de 16 anos da década de 40. Holden acabou de ser expulso do colégio -daqueles bem tradicionais - e decide passar o fim de semana fazendo o que der na telha na cidade de Nova Iorque antes que seus pais fiquem sabendo da sua expulsão.
Holden vai a bares para beber e ouvir músicas, conversa com taxistas, sai com uma menina, fica se lembrando de outra, devaneia sobre seu futuro, encontra a irmã pequena e fala sobre um irmão já falecido, tudo isso com a maior naturalidade, o que talvez nos aproxime dele.
Apesar de ter achado o livro fraco, a certa altura você vê Holden não apenas como um adolescente problemático - e talvez até rebelde sem causa -, mas como uma pessoa com problemas e questionamentos que qualquer pessoa pode ter.
Mesmo que de maneira superficial, o livro é um pouco angustiante em alguns momentos. Temos simpatia e compaixão por Holden. Conseguimos compartilhar os sentimentos dele em alguns momentos. O que eu considero como o grande mérito do livro. Quem tem curiosidade para ler esse clássico, acho que vale a pena! A leitura é rápida e fácil.

Primeiro livro que leio no meu kindle! Adorei ler na tela do kindle é mesmo como uma folha de papel. A vista não cansa. Estou apaixonada pelo meu leitor digital, mas ainda digo que amo ler (e comprar) um livro de papel. Poucos cheiros são tão bons quanto o de um livro novo #alokadoscheiros Mas o kindle tem também uma grande vantagem: seu peso. Livros de muitas e muitas páginas pesam apenas alguns gramas na minha bolsa. A coluna agradece!

quarta-feira, 12 de junho de 2013

Ensaio sobre a intolerância (e suas desculpas)

"Você tem que entender que eu sou de uma época que isso não era normal"
Todo mundo já deve ter ouvido alguém falar isso ou alguma coisa parecida para justificar o fato de não aceitar algo comum na sociedade atual, mas que não era há algum tempo. Mas será que esse tipo de argumento é válido?
Posso não querer colocar um
piercing ou fazer uma tatuagem, mas quero
continuar a jogar video-game
quando for velhinha. Mas prefiro um wii.
Eu não acho que a data do seu nascimento possa ser uma explicação plausível para a sua intolerância. Aliás, para mim, não existe nenhuma explicação para isso. Mas, penso eu, que a pessoa que diz uma coisa do tipo, não se acha intolerante. No mínimo, ela pensa que o fato de ser de outra época a deixa isenta da falta de tolerância.
Eu não consigo encontrar a ligação entre ser de outra época e não tolerar certas coisas de hoje. Será que essas pessoas que usam esse argumento para justificar não aceitar a homossexualidade, por exemplo, o usariam também para ser contra os avanços na medicina? Ou alguém já ouviu uma pessoa falar "Não vou tomar esse remédio ótimo para minhas dores nas costas porque na minha época não era assim"?
É claro que nem toda mudança da sociedade nós temos que aceitar. Podemos ser intolerantes em alguns aspectos, às vezes, até devemos. Só que não suportar o outro simplesmente porque ele é diferente de você e não é da sua época é um pouco demais para mim.
Mas o que me preocupa mais, antes eu mesma julgar quem usa esse argumento, é pensar se algum dia eu serei assim. Será que em algum momento da minha vida eu vou pensar que posso ser intolerante porque sou de outra época? Será que vou parar no tempo e não acompanhar as mudanças da nossa sociedade? Eu sinceramente espero que não.
Pode ser que não esteja nos meus planos ser uma vovó toda tatuada e com piercing nos mamilos. Mas que eu continue conseguindo acompanhar as mudanças e, principalmente, entendê-las e aceitá-las. Se for pra escolher, eu prefiro um piercing nas minha peitcholas caídas a não saber dialogar com meus netos.

segunda-feira, 3 de junho de 2013

Eu vi - Anna Karenina

Criando uma nova tag para dar um gás no blog (espero não virar aloka das tags). Eu vi vai servir para mostrar a minha humilde opinião sobre os filmes que vejo. Tenho visto poucos, mas sempre quero ver vários. Só preciso aprender a otimizar meu tempo livre para conseguir fazer tudo ou boa parte de tudo que quero fazer.
Sobre os posts que faço/farei sobre livros e filmes, vou evitar spoilers, mas quando achar que preciso fazer isso, vou avisar (em letras garrafais) antes para que ninguém leia alguma coisa comprometedora desavisadamente. 

Nome: Anna Karenina
Direção: Joe Wright
Gênero: Drama
Ano: 2012
Duração: 129 min
País: Reino Unido





Baseado no livro homônimo de Leon Tolstoi, o filme se passa na Rússia Czarista do século XIX e conta a história de Anna Karenina (vivida por Keira Knightley) uma mulher casada e que tem um filho com um rico funcionário do governo, Alexei Karenin (Jude Law). Até ai ela tinha uma vida aparentemente normal para uma mulher da época. Porém, ao fazer uma viagem para Moscou para encontrar uma cunhada, Anna conhece Conde Vronsky (interpretado por Aaron Johnson, de O Garoto de Liverpool) e passa a ser cortejada por ele. Anna evita o rapaz por um tempo, pois não gosta da ideia de trair o marido, mas logo cede a tentação e passa a ser sua mistress
Decidida a manter a sua relação com Vronsky, Anna tenta o divórcio. Mas Karenin, além de não concede-lo, ainda impede Anna de ver o próprio filho. A partir dai toda a mer** começa a acontecer. Mas não vou falar mais para não dar spoilers.
Achei um bom filme, o enredo é envolvente e interessante. A estética é bem bacana e diferente. Boa parte da história acontece em um antigo teatro e as transições entre as cenas, especialmente no começo do filme, são bem legais. Adorei as cenas que mostram as viagens de trem. Só não consigo me conformar com a Keira, acho ela uma pessoa bastante estranha, nem sorrir sem fazer careta ela consegue. Mas mesmo com uma cara feia aqui e outra acolá, ela tem uma atuação que não compromete o filme. Daria uma nota 8 pra ele.

*SPOILER*
No final do filme, um dos personagens fala que finalmente entendeu uma coisa. Eu não consegui sacar o que foi. #burra Alguém que viu o filme entendeu o entendido?